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1. Dados Bibliográficos
FREUD, Sigmund. Neurose e Psicose.
2. Conteúdo
A neurose é o resultado de um conflito entre o ego e o id, já a psicose é o desfecho semelhante de um distúrbio igual entre as relações do ego e do mundo externo.
As neuroses transferenciais surgem ao rejeitar o ego e aceitar um poderoso impulso instintual do id ou a ajudá-lo a encontrar um motor, ou de o ego proibir o impulso ao objeto que visa. Nesse caso, o ego se defende contra o impulso instintual diante do mecanismo de defesa da repressão. O material reprimido luta contra isso. Cria para si mesmo, ao longo de caminhos sobre os quais o ego não tem poder, uma representação substituta (que se determina ao ego mediante uma reconciliação) que seria o sintoma. O ego descobre a sua unidade ameaçada e prejudicada por esse intruso e continua a lutar contra o sintoma, tal como desviou o impulso instintual. Tudo isso é um quadro de neurose. Não é contraditório que, empreendendo a repressão, no fundo o ego esteja seguindo as ordens do superego, ordens que se originam de influências do mundo externo que encontraram representação no superego. Conserva-se o fato de que o ego tomou partido dessas forças, nelas as exigências têm mais força que as exigências instintuais do id, e que o ego é a força que coloca a repressão em movimento contra a parte do id interessada e fortalece a repressão por meio da anticatexia da resistência. O ego entrou em conflito com o id, a serviço do superego e da realidade, e é esse o estado das coisas de toda a neurose de transferência.
Geralmente o mundo externo dirige o ego de duas formas: em primeiro lugar, através de percepções atuais e presentes, sempre renováveis; e, em segundo, mediante a união de lembranças das percepções anteriores, as quais, sob a forma de um “mundo interno”, é uma possessão do ego e parte constituinte dele. Na amência não apenas é rejeitada aceitar novas percepções; também o mundo interno parecido com o mundo externo, que até agora representou,