Saude
Independente do jogo de empurra, o fato é que há escassez de recursos financeiros, materiais e humanos, para manter os serviços de saúde operando com eficiência. Problemas, como atraso no repasse dos pagamentos do Ministério da Saúde para os serviços conveniados, baixos valores pagos pelo SUS aos procedimentos médico-hospitalares, entre outros, consolidam o entrave no setor. O mundo econômico da saúde é cruel. Segundo estatísticas da Abramge/Fenaseg, são gastos R$ 31 bilhões para cuidar de 35 milhões de segurados, enquanto todo o SUS para suprir o direito à saúde de mais de 145 milhões de brasileiros gasta quase a mesma quantia. Por essas e outras razões nos encontramos no 124º lugar no ranking da OMS em qualidade de saúde.
É difícil para qualquer especialista apontar apenas um motivo para tal crise. Mesmo com toda a evolução do contexto político-social pelo qual o Brasil passou, pouco foi mudado. Na realidade, em 500 anos de Brasil, independente do regime vigente, a saúde nunca ocupou lugar de destaque no governo, ficando sempre em plano secundário. Até hoje, só olhou-se atentamente para o setor quando determinadas epidemias se apresentavam como eminentes ameaças à sociedade.
É assim desde o Brasil Colônia, quando o país não dispunha de modelo de atenção à saúde e nem mesmo o interesse em criá-lo,