Organização da OIT
Síntese do relatório de pesquisa1
(Ministério da Justiça-SENASP/PNUD)
Luiz Eduardo Soares, Marcos Rolim e Silvia Ramos2
Finalmente entra em cena, com direito a voz e exercitando a liberdade de crítica, o principal ator no drama da segurança pública, o protagonista de épicos e tragédias, o cidadão comum e trabalhador -- sempre alvo de cobranças, frequentemente objeto de preconceitos --, aquele que, até hoje, paradoxalmente, não foi escutado e, por vezes, foi silenciado: o policial; a policial. E também o bombeiro militar, o guarda civil municipal e o agente penitenciário.
A pesquisa cujos resultados aqui se resumem ouviu 64.130 mil profissionais da segurança pública de todo o país3, por meio de questionários, respondidos nos meses de abril e maio de 2009. Os questionários foram aplicados por meio virtual, para o que se recorreu à rede nacional de altos estudos em segurança pública (a RENAESP, articulada pela SENASP).
Com base nesse universo, produziu-se um recorte amostral, levando-se em conta dados nacionais sobre os contingentes profissionais de cada instituição contemplada (distinguindose dois estratos nas Polícias Militares –oficiais e não-oficiais-- e dois, nas Polícias Civis – delegados e agentes), assim como suas respectivas inserções regionais. Desse modo, os resultados obtidos nos questionários passaram a ter representatividade nacional.
I. O que pensam os profissionais da segurança pública sobre suas instituições diante das
Mudanças
Ao contrário do que talvez suponha a opinião predominante na sociedade brasileira a respeito dos policiais, eles, em sua grande maioria, desejam, sim, mudanças institucionais profundas, querem novas polícias, não aprovam as polícias em que atuam, nem concordam com o atual modelo organizacional, e estão maduros para discutir esses temas tão complexos
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Para exposição e análise mais detalhadas, e apresentação de tabelas, questionário, nota