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Esse contato com o meio rural e o prazer de desenhar determinaram o futuro do rapaz. "Mas eu não sabia por onde começar", lembra. Por influência de amigos, fez um curso de linguagem arquitetônica. Gostou, mas logo percebeu que não era a sua história. "Prestei vestibular para Agronomia, mas, como não me interessava lidar com produção vegetal, acabei me direcionando para o paisagismo." Fernando começou a estudar o assunto a fundo. Fez pós-graduação, depois alguns trabalhos em residências. Só ganhou projeção, porém, ao elaborar o jardim de um restaurante na principal avenida de Jundiaí. "Era pequeno, mas virou vitrine", diz o paisagista que trabalha há 16 anos na área.
Um dos seus últimos projetos, numa casa pouco distante do centro, foi resultado do reconhecimento profissional na cidade. "Tinha feito cinco jardins para a mesma família", lembra Fernando, que trabalhou com um terreno em declive de 18 mil m², 8 mil dos quais dedicados ao paisagismo. Ele começou o projeto pelo entorno da casa, concebendo na prancheta ("evito ao máximo o computador") um jardim comportado, de acordo com a arquitetura normanda da construção. Aproveitou a beleza de uma araucária nativa e usou tuias, kaizucas, buxos, pingos-de-ouro e maciços topiados. Trabalhou com tons terrosos, espécies que vão do vermelho e suas variações ao amarelo. Fez contraste com tons de azul (miniagapantos) até o lilás, quase rosa, da congéia (R$ 10 a muda com 1 m, na Flora Bom Jesus), na varanda.