Oralidade

Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH)
Departamento de Letras

Renata Lôbo
Língua Portuguesa I
Prof. Dr. Renato Cabral Rezende [e-mail] QUESTÃO: Temos visto, nos textos teóricos, desde o início dos seminários, como se constitui o processo interacional, com destaque para a conversação face a face, mas também estudado outros gêneros orais. Com base nos textos teóricos lidos sobre a conversação, analise, na interação transcrita abaixo, como os diferentes recursos da oralidade mobilizados pelos diferentes sujeitos estão co-articulados para a produção de significação. Analise também como essa interação é construída no que diz respeito à variação linguística que nela ocorre.

RESPOSTA
Como o dado apresentado trata-se da conversa entre sujeitos afásicos e nãoafásicos, e sendo esta uma condição neurológica que afeta a linguagem e a comunicação, vemos no dado apresentado como tal interação se dá. Sendo a transcrição uma tentativa de representar na linguagem escrita o mais próximo possível de uma linguagem oral, vemos uma certa dificuldade em compreender alguns turnos, pois ao ser retirado do contexto - da interação oral - muitos elementos talvez tenham se perdido, elementos esses que poderiam auxiliar em uma melhor compreensão do diálogo. Sendo uma conversa gravada que é utilizada na dissertação de mestrado de
Natália Ferrari (FERRARI, 2014), a documentadora não está apenas registrando um diálogo, mas se coloca como parte dessa interação, e como tal, esforça-se para criar de fato um diálogo, influenciando o tema, ou incentivando seu interlocutor a continuar o

assunto - e embora não roube de fato o turno do outro, mas cedendo o turno para que
EC conte o ocorrido, termina interferindo, "ajudando" o outro para que conte aquilo que deseja saber, como podemos ver logo no início do dado:
EM:
pra
EC:
EM:
EC:
EM:
EC:

olha vamo lá... como é que ce introduziu o tema/