Oralidade
Ao longo de toda a minha “curta” prática docente, apercebi-me de que a Comunicação Oral não ocupava um lugar tão destacado como a Comunicação Escrita, uma vez que avaliamos os nossos alunos essencialmente através da escrita quando realizamos um teste ou um exame. Estas provas de avaliação escritas são as mais objectivas de avaliar porque há um registo que fica guardado e que pode ser mais facilmente revisto. Ao nível do oral muitas vezes não há registos, uma vez que este é efémero.
Foi então, que ao ver me confrontada com a necessidade de realizar uma formação propus-me a trabalhar o tema da oralidade, não só para saber mais sobre ele, mas também para encontrar estratégias para o treino do oral em sala de aula, bem como instrumentos para avaliar esta competência.
Apreciação Crítica
Na minha experiência lectiva, reparei que não existe, na escola, uma actividade prática corrente e organizada a nível da oralidade, o que proporciona um mal-estar e receio nos alunos, quando têm de produzir algum enunciado oral um pouco mais longo e mais formal, em contexto de sala de aula. O que se verifica na maioria das vezes, inicia o discurso frequentemente com uma pergunta, os alunos respondem e o professor comenta a resposta. Esta estrutura rígida de interacção com os alunos não promove/desenvolve a competência da oralidade. Todavia o reconhecimento da importância da oralidade no processo de ensino-aprendizagem encontra-se bem evidenciado na instituição de momentos formais de avaliação da componente da oralidade, nomeadamente no ensino secundário (Portaria n.º 1322/2007, de 4 de Outubro). A emergência e consolidação curricular das capacidades linguísticas orais que se verificou em Portugal nos últimos anos decorre, muito certamente, da valorização que, nos últimos tempos, lhes tem sido dada nos quadros teóricos de referência também a nível internacional. A competência da oralidade desempenha pois um papel importante na formação