Opinions and social making
No âmbito da disciplina de Psicologia Social dos Grupos e Equipas de Trabalho, foi-nos proposto pelo professor José Pedro Silva que realizássemos um comentário sobre a investigação de Solomon Asch acerca do seu estudo da temática do conformismo.
Segundo Asch, a influência das pressões sociais pode fazer com que as pessoas actuem em oposição às suas crenças e valores. Assim, mais do que influências sobre a formação de juízos em situações ambíguas, novas e complexas, a pressão social deve ser entendida como um mecanismo de influência complexo que pode levar à adopção de comportamentos e atitudes contrários aos que os indivíduos assumem como próprios.
Para a realização deste trabalho baseámo-nos no artigo “Opinions and Social Pressure” da obra Social Psychology vol 2 (pp. 403-407), New York: NY University Press dos autores E. Arronson & A. R. Pratkanis. Ao longo deste trabalho iremos fazer uma breve abordagem dos métodos experimentais que Asch utilizou na sua investigação, das várias variantes, bem como comentá-las e tirar conclusões sobre elas.
Ao longo dos tempos, foram surgindo várias teses para interpretar os resultados das influências sociais, concluindo que estas resultam do facto de os indivíduos, para evitar conflitos, terem tendência a assumirem compromissos; esforçarem-se, em situações ambíguas, por diminuir as suas discordâncias; integrarem como quadros de referência para as suas próprias acções as respostas e opiniões dos outros; seguirem respostas semelhantes entre si de modo a reforçarem a atracção interpessoal e a coesão grupal; exporem respostas de acordo com as posições ocupadas nas hierarquias sócias ou com os juízos/valores característicos dos seus grupos sociais de referência e pertença.
Em suma, podemos então afirmar que os estudos sobre os mecanismos de influência e pressão social podem levar a questões associadas à capacidade que os indivíduos têm de preservarem a sua autonomia, independência, liberdade e identidade.