Onde vamos encontrar os líderes de amanhã?

LIDERANÇA E GESTÃO DE EQUIPAS
TRABALHO

Análise do artigo: Onde vamos encontrar os líderes de amanhã?
Uma conversa com Linda A. Hill, por Paul Hemp

1. SÍNTESE
Durante os últimos cinquenta anos, tornou-se consenso de que os grandes líderes executivos eram formados em empresas como a GE e Procter & Gamble, grandes consultorias como McKinsey ou universidades de elite como a
Harvard. Hoje, entretanto, vivemos num mundo diferente. A globalização tornou-se uma realidade, os mercados e a força de trabalho cresceram, e a diversidade converteu-se em regra.
Nesse sentido, o estudo aborda uma nova visão sobre os estilos de liderança que atualmente as organizações necessitam, particularmente por terem uma presença global em mercados emergentes em que as fórmulas de liderança mais comuns nos países desenvolvidos não funcionam.
Linda Hill, observou a liderança através de diferentes prismas, pesquisando economias emergentes, da Argentina à
África do Sul, da Índia aos Emirados Árabes, e constatou que, como os talentos humanos não são necessariamente recolocáveis, os executivos bem-sucedidos num determinado contexto podem não ter essa mesma performance reproduzida numa cultura distinta. Assim, a vertente emocional da liderança, indispensável para motivar e inspirar as pessoas, deve ser adaptada à cultura local.
Linda Hill defende neste artigo que, no próximo meio século, a liderança será definida em parte por duas noções:
“liderar a partir da retaguarda” (lead from behind), e, "liderança como um génio coletivo".
A inspiração para o conceito de liderar a partir da retaguarda, proveio da leitura da autobiografia de Nelson Mandela, onde descreve a maneira como o líder da sua tribo conduzia os seus seguidores. "O pastor fica na retaguarda do rebanho, deixando o mais ágil seguir na frente, após o que os outros o seguem, e não se apercebem que durante todo o tempo, todos estão a ser liderados a partir da retaguarda."
Há várias realidades que contribuem para a