Onde atua o Gerenciamento de Riscos
É inquestionável a presença do risco em qualquer atividade humana. Quando saímos de casa não temos certeza de absolutamente nada. Várias probabilidades de eventos são suscetíveis de acontecer. Por esse motivo, todos os projetos, independentes de seu tamanho, deveriam fazer uso das ferramentas de Gerenciamento de Riscos em algum nível.
Importante salientarmos a dupla natureza do risco. Ou seja, o evento que ocorre pode provocar efeitos positivos ou negativos.
Interessante notarmos que o Gerenciamento de Riscos está relacionado com diversas áreas de conhecimento dentro de diversas áreas das organizações. Riscos operacionais, ligados a processos; riscos de projeto, ligados à implementação do novo; riscos estratégicos. Para ilustrar, façamos uso de um acontecimento que abalou o Brasil e o mundo há 10 anos.
O protótipo V03 do projeto brasileiro do foguete Veículo Lançador de Satélites (VLS) era desenvolvido no Centro de Lançamento de Alcântara no Maranhão e contava com 21 metros de altura e capacidade de por em órbita satélites de observação terrestre.
Em 22 de agosto de 2003, o VLS, três dias antes da data prevista para o seu lançamento, acionou um de seus 04 motores antecipadamente. No momento da ignição o VLS ainda estava conectado à torre de lançamento e explodiu vitimando 21 pessoas que trabalhavam no local.
Relatórios da Aeronáutica mencionaram um “acionamento intempestivo” provocado por uma peça que ligava o motor. O mesmo disparou ou por corrente elétrica ou descarga eletrostática. Ficou descartada a possibilidade de sabotagem, grosseira falha humana ou interferência meteorológica, entretanto foram detectadas “falhas latentes”, “degradação das condições de trabalho e segurança”, “defasagem entre os recursos humanos e materiais previstos como necessários ao projeto e os efetivamente disponíveis”.
Além de todos esses fatores, de acordo com a reportagem do site G1 “Testemunhas ouvidas na época informaram que não sabiam