Olimpíadas de Munique 1972

O mais trágico episódio dos Jogos Olímpicos

Desde cerca de 2500 a.C. os gregos já faziam competições esportivas para homenagear aos deuses, porém apenas um milênio e meio depois essas competições se tornaram organizadas e com a participação de representantes de outras regiões. Nasciam ai os Jogos Olímpicos. Com esses jogos, além da questão religiosa, os gregos também promoviam o espírito de paz e amizade entre os povos. E esse espírito olímpico, mesmo com a paralisação dos jogos por séculos a fio após a forte influência romana sobre a Grécia, permanece atualmente, nos chamados Jogos Olímpicos da Era Moderna.
Mas como nem tudo são flores, durante as Olimpíadas de Munique, Alemanha, no ano de 1972, uma tragédia ocorre: um atentado de um grupo palestino conhecido como Setembro Negro contra atletas da seleção de Israel deixa diversos mortos e o mundo chocado. Esse episódio e outros acontecimentos marcantes de 72 ficarão para sempre na história do esporte e na história do mundo. O marco daquele ano que deveria ser o gigantismo devido aos altos investimentos na Vila Olímpica com capacidade para 16 mil pessoas, foi, na verdade, a maior tragédia das Olimpíadas.

Abertura dos Jogos Olímpicos 1972, delegações: Israel, Itália e Espanha.

Munique, 5 de setembro de 1972. O mundo entrou em choque na manhã de 5 de setembro de 1972. A delegação israelense foi feita refém pelo grupo terrorista palestino conhecido como Setembro Negro, que pedia a libertação de 200 árabes presos em Israel, dois esportistas foram assassinados imediatamente e outros nove foram mantidos aprisionados. Durante as negociações, as competições foram interrompidas e a Vila Olímpica foi tomada por policiais. Ao anoitecer, as autoridades alemãs montaram uma estratégia e conseguiram um acordo com os palestinos do Setembro Negro: embarca-los em dois helicópteros seguindo para o Egito. Ao chegar ao Cairo, os oito terroristas e os nove reféns sofreram um ataque que terminou com o massacre das 17