Olhar etnográfico
(R.T. Smith, 1973, p.129) * A matrifocalidade é a mulher no centro do poder. * Cada vez que uma pessoa se junta com um novo companheiro acontece uma ruptura. Na vida da mulher essa ruptura é ainda maior.
A interdependência dos esposos: Quem sustenta quem?
* Os homens tem acesso privilegiado aos meios de subsistência. * A mulher para trabalhar fora precisava ser encorajada. * Entre 53 casais apenas quatro mulheres possuíam empregos regulares. * A honra de um homem depende da virtude de sua mulher. * “Botou a mulher na batalha”. * O homem pode até ser um mal provedor para a família, mas a menos que sua mulher queira assumir as implicações da relação gigolô\prostituta, ela deve cuidar para que ele seja o único provedor, e reconhecido socialmente como tal.
Solidariedade dos laços de sangue\precariedade dos laços conjugais.
* Apesar das historias sobre abandono, maus tratos e anos de separação, perdura a ideia da solidariedade institucionalizada entre consanguíneos.
Reciprocidade entre irmãos e irmãs
A importância do peso masculino
* Os homens ajudam as irmãs e mães esporadicamente. * Os pequenos presentes eventuais de um homem a sua parenta servem para sublinhar insuficiências do marido dela mais do que para melhorar as condições materiais da mulher. * Os músculos de um marido, têm, portanto, sua utilidade para assuntos “públicos”, mas essa força protetora se transforma em ameaça quando é empregada para reforçar a autoridade dentro do lar.
A contribuição da mulher para a rede do parentesco
* Uma mulher, para amparar o irmão ou o pai, pode, de vez em quando, empresta-lhe dinheiro ou oferecer-lhe abrigo. Mas sua contribuição principal é realizar tarefas femininas, essas tarefas incluem serviços domésticos( roupa lavada, etc.).