Olhando as obras de pierre verger

Ao olhar as obras de Pierre Verger, temos a nítida impressão de que estão em letras, pois é possível de uma forma clara fazer uma leitura de cada obra. Olhando fixamente para as fotos, pude fazer identificações da África ao Brasil. Pierre, consegue em suas fotos fazer de uma forma bem explícita está ligação. A máquina fotográfica é uma arma, e assim fez Pierre, quando estava com a sua e decidia que momento queria paralisar, lembrei-me também das aulas, quando percebi que algumas imagens tinham um foco principal, outras imagens inteira, com profundidade e algumas com fundos distorcidos. Verger olhou o mundo através das lentes, com um olhar analítico e critica fazias suas identificações antes de fazer o tempo parar em uma única imagem. Em um dado momento da visita é notável o gosto de Pierre, em fotografar os negros e suas africanidades, ele tinha a sensibilidade de fotografar o simples que se tornaria belo em suas lentes. Fui em busca de algo mais profundo sobre o mestre Pierre Verger, penetrando em suas imagens, viajei por alguns instantes, estive no continente africano no olhar, e através de suas lentes. A máquina fotográfica de Verger, era uma Rolleiflex, tinha que se posicionar ao centro do tórax, com duas lentes que acopladas a uma objetiva lhe permitia a aproximação, está mesma, não era dessas que o fotografado (a) sabe quando isso vai acontecer, por isso que, talvez as suas fotos tenham esta simplicidade. As fotos de Pierre são livres, passei horas a olhar as imagens, e é notada a liberdade que ele tinha ao fotografar. O franco-baiano como pelos amigos era chamado, deixou o seu legado como fotografo etnográfico, suas fotografias viraram documentos de pesquisa e investigação. Nas suas lentes a paisagem não eram seu foco principal e sim os indivíduos, os negros tinham lugar especial nas suas imagens e nelas não é notado nenhum tipo de frieza. As fotos passam a impressão de renovação do eurocentrismo, ou seja, um