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1. Aquele cachorro mordeu o carteiro.
2. O carteiro mordeu aquele cachorro. Como se vê, as palavras escolhidas são as mesmas, mas combinações diferentes geraram enunciados com sentidos diferentes. Em 1, queremos relatar principalmente o que o cachorro fez (“aquele cachorro” é o foco do enunciado): além disso, queremos também relatar que “o carteiro” foi o alvo da ação expressa pelo verbo mordeu. Em 2, relatamos um fato meio estranho, embora possível no mundo real: o que o carteiro fez (“o carteiro” é o foco) e qual foi o alvo da ação de morder. Na estrutura dos enunciados, as palavras e expressões formam pequenos grupos (unidades sintáticas) denominados termos. Dependendo do papel que um termo desempenha na organização do enunciado, ele terá uma função sintática. Para exemplificar, vamos retornar o enunciado 1. Aquele cachorro mordeu o carteiro. Se, nesse enunciado, trocarmos o termo “aquele cachorro” pelo plural “aqueles cachorros”, o verbo morder também mudará de forma. Observe: Aqueles cachorros morderam o carteiro. Dizemos então, que o termo “aquele(s) cachorro(s)” comanda a variação do verbo. Na organização sintática do enunciado, o termo que comanda a variação do verbo funciona como sujeito e a relação entre o sujeito e o verbo chama-se concordância verbal. Então, nos exemplos, temos: Aquele cachorro mordeu o carteiro. Aqueles cachorros morderam o carteiro. sujeito(sing.) verbo(sing.) sujeito(plural) verbo(plural) CONCORDÂNCIA VERBAL CONCORDÂNCIA VERBAL