Odontologia e Educação
O acadêmico de odontologia paga por um curso caro, mesmo em faculdade pública, tem que investir em livros e materiais, quando se forma, as opções são restritas e muitas vezes, a única encontrada, é trabalhar em clínicas populares, cumprindo uma carga horária pesada e sendo mal remunerado.
Ter um diploma universitário já não é garantia de ascensão social e financeira. As dificuldades são muitas e os desafios também. Vencer ainda é possível, mas não é fácil. Chegar à colação de grau é apenas a primeira batalha vencida. É utopia imaginar que, formando em odontologia, adquirindo um belo consultório, em local privilegiado, o recém-formado terá uma agenda cheia, que as pessoas irão ver sua bela placa e se interessar pelo tratamento. Conseguir clientes é uma luta árdua até mesmo para os profissionais já estabelecidos há muito tempo.
A preparação e o aprimoramento constante são fundamentais para o bom desempenho profissional. Ser competente é um princípio básico para o sucesso. Optar por odontologia é optar por uma vida de constante estudo. O CD do terceiro milênio é também um cientista e como tal deve estudar, pesquisar e amar a ciência. Secco & Pereira (2004) afirmam que a odontologia há muito tempo ultrapassou os laços artesanais e artísticos e se consolida em bases científicas, buscando uma atuação social na área da saúde.
As áreas básicas da odontologia, tantas vezes negligenciadas por alunos, professores e faculdades, precisam ser valorizadas e terem suas cargas-horárias revistas. São estas disciplinas que dão o suporte científico da profissão.
Avanços como pesquisas de vacinas contra cárie e “terceira dentição” são exemplos do caminho que a ciência está seguindo. Repor o natural é uma constante, a resina “perfeita” já não é mais tão procurada, e sim os biomateriais. É a ascensão da odontologia molecular no terceiro milênio.
A educação continuada é uma necessidade imposta pela sociedade da informação, já que a maioria dos