Odisséia
Essa divisão tradicional em três gêneros literários originou-se na Grécia clássica, com Aristóteles, quando a poesia era a forma predominante de literatura. Por nos parecer mais didática, adotamos uma divisão em quatro gêneros literários, desmembrando do épico o gênero narrativo (ou, como querem alguns, a ficção), para enquadrar as narrativas em prosa.
Poderíamos reconhecer ainda o gênero didático, despido de ficção e no identificado com a arte literária; segundo Wolfgang Kayser, "'o didático costuma ser delimitado como gênero especial, que fica fora da verdadeira literatura".
Homero também fala de velhas lendas, evitando descrever seu próprio tempo. Na Ilíada, não há cavalaria ou toque de clarim. Dessa forma, a distância é guardada ainda mais visivelmente com a afirmação repetida de que na época em que se deu a guerra, os homens eram ainda mais fortes, minorando repetidamente a própria existência frente à grande existência passada. Ao mostrar os outros homens como menores ou franzinos, Homero mostra enaltece o porte de Heitor e Aquiles, os quais, contudo, também são fracos se comparados com outros de tempos anteriores. Assim, o centro de gravidade da existência descansa nas profundezas do passado e não se perde a oportunidade de sondar tais profundezas
Como métrica, o hexâmetro é mantido do início ao fim da Ilíada e da Odisséia, indício de que a simetria é uma das principais características do estilo épico. Homero