Odebrecht x Gradin

Odebrecht x Gradin

Opinar sobre esta grande disputa de dois grandes grupos empresariais exige entender as razões desta disputa e esta “novela” Odebrecht x Gradin já se estende há anos.Tudo iniciou com uma a parceria entre as famílias que se solidificou quando o grupo baiano (Odebrecht) se viu desgastado por uma séria crise de liquidez que quase o levou à falência. Essa aliança bem-sucedida, que vinha sendo fortificada com o avanço dos anos, se viu abalada com a chegada das novas gerações das duas famílias no comando dos negócios. O fim da era dos fundadores/controladores iniciou-se e com a nova era dos proprietários houve choques de interesse o que prejudicou a governança.
A briga começou porque a Odebrecht quer comprar a cota do Graal por US$ 1,5 bilhão. As discussões permeiam em cima da venda compulsória das ações como também do valor. A Graal Participações deu entrada com um pedido de arbitragem do conflito e segundo ela o valor é no mínimo o dobro. Os Gradin não têm a intenção de deixar a Odebrecht. Estes conflitos de interesse são denominados conflitos de agencia.
Outra razão para este conflito foi que a sociedade previa que, em caso de ocorrência do mesmo, houvesse a arbitragem (cláusula 11.8 do acordo de acionistas). Talvez ai houvesse a inexistência do contrato completo. Seriam nomeados os árbitros que examinariam o caso e apresentariam suas conclusões. Segundo os Gradin, através da arbitragem os conflitos se resolveriam rapidamente e no ritmo da Justiça, é coisa demorada.
A Odebrecht recorreu ao Tribunal de Justiça e pediu o cancelamento da audiência que instauraria o processo de arbitragem. Aí o jogo embaralhou-se.
Analisando os acontecimentos, fico do lado dos Gradin. Se esteve o contrato incompleto ou não, o fato é que o acordo dos acionistas prevê a arbitragem e esse mecanismo contribui para a celeridade de uma solução. A Odebrecht queria aproveitar de seu poder e influencia na Bahia sobre o Judiciário da Bahia. É mais difícil usar de