obuses
Os obuses clássicos foram desenvolvidos no final do século XVIII. Destinavam-se originalmente a ser empregues em operações de sítio, onde eram particularmente úteis na colocação de granadas de ferro fundido cheias com pólvora ou com materiais incendiários no interior das fortificações. Em contraste com os morteiros da época, que eram disparados de ângulo fixo e por isso inteiramente dependentes do ajustamento das cargas propulsoras para a variação do alcance, os obuses podiam ser disparados numa ampla variedade de ângulos. Assim, apesar da balística do tiro com obus ser muito mais complicada que a do tiro com morteiro, o obus era uma arma inerentemente mais flexível, que podia disparar os seus projéteis numa ampla variedade de trajetórias.
Em meados do século XVIII, vários exércitos europeus começaram a equipar-se com obuses suficientemente móveis para acompanharem as suas tropas em campanha. Apesar de normalmente serem disparados com um elevado ângulo de tiro como os obuses de sítio, raramente se usava esta caraterística para distinguir os obuses de campanha das restantes bocas de fogo. A caraterística mais distintiva e valorizada nos obuses de campanha do século XVIII era sim a sua capacidade de disparo de granadas explosivas, em contraste com as peças de artilharia de campanha da época que apenas disparavam projéteis inertes (baseando-se apenas na energia cinética para obter os seus efeitos destrutivos). Por analogia, as granadas explosivas disparadas pelos obuses passaram elas próprias a ser ocasionalmente conhecidas por "obuses".
Um dos primeiros modelos de obuses foi o abus introduzido pelo Império Otomano. Em 1758, a Rússia introduziu o licorne (unicórnio), um obus com uma câmara cónica que se manteve em serviço por mais de 100 anos.
Em meados do século XIX, alguns exércitos tentaram simplificar os seus parques de artilharia, introduzindo armas projetadas para disparar tanto projéteis explosivos como projéteis inertes, as quais