Não violência
Como a Não Violência protege o Estado
Peter Geoderloos
Agradecimentos
Este livro é dedicado a Sue Daniels (1960-2004), uma ecologista brilhante, uma feminista ousada, uma apaixonada anarquista, e um lindo e carinhoso ser humano que cuidou e desafiou todos ao seu redor. Sua bravura e sabedoria continuam inspirandome, e, nesse sentido, seu espírito continua indomado...
… e a Greg Michael (1961-2006), quem incorporou a saúde como toda uma maneira de ser e um incansável desafio contra os venenos do mundo, mesmo nas circunstâncias menos saudáveis. Desde um saco de uvas roubadas da cozinha de uma prisão para o desvelamento da memória no topo de uma montanha, os presentes que você me deu são um remédio e uma arma, e eles estarão comigo até que a última prisão seja uma pilha de escombros. Agradecimentos especiais para Megan, Patrick, Carl, Gopal, and Sue D. pela leitura de teste ou pelos feedbacks, e para Sue F., James, Iris, Marc, Edi, Alexander, Jessica,
Esther, e todos aqueles que vieram às minhas oficinas fazer críticas muito valiosas para essa segunda edição.
Introdução
Em Agosto de 2004, na Conferência Anarquista Norte-Americana em Atenas, Ohio, participei de um painel que discutia o tema da não violência versus a violência. Como era de se esperar, a discussão se tornou um debate improdutivo e competitivo. Eu tinha esperança de que cada palestrante teria uma quantidade substancial de tempo para falar, para apresentar suas ideias com profundidade e para limitar a provável preferência para um vai e vem de argumentos clichês. Porém, o moderador, que era também o promotor da conferência, e acima de tudo um palestrante, decidiu contra essa abordagem.
Por causa da hegemonia que os partidários da não violência exercem, críticas sobre a não violência são excluídas da maioria dos periódicos, das mídias alternativas, e de outros fóruns acessados por antiautoritários[1]. A não violência é