Nutrição
Por Andrea Polo Galante, Flavia Schwartzman e Silvia Maria Voci
As Dietary Reference Intakes (DRIs), traduzidas como Ingestão Dietética de
Referência (IDRs), são valores de referência para a ingestão de nutrientes de indivíduos e grupos. Foram estabelecidas conjuntamente pelos Estados Unidos e Canadá, tendo como referência a população destes países e publicadas no período de 1997 à 2004. Substituem as antigas Recommended Dietary
Allowances (RDAs) e Dietary Standards/Recommended Nutrient Intakes
(RNIs), padrões de referência dos EUA e Canadá respectivamente.
Elas não são apenas uma revisão das antigas RDAs e RNIs e, sim, um novo conceito de recomendação nutricional. Isto porque, em primeiro lugar, as DRIs se apresentam como um grupo de quatro valores de referência e não apenas um. Em segundo lugar, seu objetivo é não somente a prevenção de deficiências nutricionais, como as antigas RDAs e RNIs, como também a diminuição do risco de doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, elas também fornecem limites superiores para a ingestão de nutrientes, de forma a prevenir os riscos de efeitos adversos pela ingestão excessiva.
Estes novos valores de referência devem ser utilizados na avaliação e planejamento de dietas de indivíduos e de grupos e objetivam a otimização da saúde, diminuição do risco de doenças e do consumo excessivo de algum nutriente por indivíduos e grupos.
As DRIs foram desenvolvidas tendo-se em vista indivíduos saudáveis e, portanto, não devem ser utilizadas para indivíduos com doenças agudas ou crônicas, nem tampouco para indivíduos com alguma deficiência nutricional prévia. Nestes casos, os valores de RDA e de AI podem servir como uma estimativa, mas adaptações específicas para estas situações deverão ser feitas. Definição das DRIs
As DRIs compreendem quatro conceitos para consumo de nutrientes. A escolha de quais deles serão utilizados vai depender se o objetivo