nutrição
O Diabetes Mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico crônico, grave, de evolução lenta e progressiva, caracterizado pela falta ou produção diminuída de insulina e/ou da incapacidade desta em exercer adequadamente seus efeitos metabólicos, levando à hiperglicemia e glicosúria (ASSUNÇÃO; URSINE, 2008). Se não tratada e bem controlada, produz lesões graves e potencialmente fatais, como o desenvolvimento de complicações micro e macrovasculares (cegueira, nefropatia, úlcera nas pernas e até amputações de membros) sendo responsável por altos gastos em saúde, além de expressiva redução da capacidade de trabalho e da expectativa de vida (ASSUNÇÃO; GIGANTE; SANTOS, 2001).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes – SBD (2010), o Brasil está entre os dez países com maior incidência da doença, onde existem entre 10 a 12 milhões de pessoas diabéticas. Estima-se que os gastos diretos e indiretos no país totalizem US$ 23 milhões por ano, o que justifica a necessidade da prevenção e do controle da doença (SBD, 2010).
É uma patologia que representa um grande problema de saúde pública com alta taxa de mortalidade, destacando-se como uma das doenças crônicas não transmissíveis mais frequentes nos últimos anos (DIAZ-PERERA et al.,2010).
A obesidade tem sido apontada como um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2 (DM2). Estima-se que entre 80 e 90% dos indivíduos acometidos por esta doença são obesos e o risco está diretamente associado ao aumento do índice de massa corporal - IMC (SARTORELLI; FRANCO, 2003).
Nos últimos anos o tecido adiposo deixou de ser considerado apenas um reservatório de energia para ser reconhecido como um órgão metabolicamente ativo que apresenta intensa atividade endócrina e metabólica (DAS, 2001). As células adiposas também são responsáveis pela secreção de substâncias, citocinas ou adipocitocinas, envolvidas na atividade inflamatória (LOPES, 2007). Na atividade inflamatória ocorre o aumento na