nutrição
“Ó meu ardente Algarve impressionista e mole
Meu lindo preguiçoso adormecido ao sol
Meu louco sonhador a respirar quimeras…”
4. cozinha regional do algarve
Começa assim, um belo poema de João Lúcio dedicado ao Algarve.
Como ele, outros poetas têm cantado esta “terra morena”, este fascinante terraço aberto sobre o mar.
Repleto de mitos e de lendas, viveu com o domínio árabe o esplendoroso lirismo dos seus príncipes-poetas, que criaram os alicerces de uma realidade cultural arábicoalgarvia incontestável.
Muitos povos ocuparam o extremo da península, deixando marcas da sua influência no povo português. Mas as civilizações que maior impacto tiveram foram, sem dúvida, a
Romana e a Árabe.
Na verdade, é durante o período de ocupação islâmica que o Algarve é historicamente reconhecido. AL GARB, que significa o Ocidente, surge, nessa altura, como um
reino forte e unificado. A permanência muçulmana de cerca de seis séculos vai indiscutivelmente marcar esta região.
Os árabes, que chegam à
Península nos começos do século VIII, só a deixarão por completo no século
XIII, quando as tropas do rei Afonso III concluem a reconquista. Depois desta tardia integração política em Portugal, o Algarve traz consigo uma longa caminhada.
Desde a gloriosa época dos descobrimentos, em que o infante D.
Henrique a celebriza, até aos tempos modernos, em que um novo príncipe
– o Turismo – a lidera, a região algarvia encanta sempre quem a visita.
Terra de contrastes, inspira autores portugueses como Jaime Cortesão,
José Leite de Vasconcelos,
Oliveira Martins e Raul
Brandão quando referem
maravilhados os seus campos “que são jardins”, e se inquietam com o fascínio da “erma e trágica beleza” de um cabo de S.
Vicente, onde “o Algarve deixa de ser risonho e se torna rasteiro e pedregoso”.
Hoje o Algarve oferece-se
à