Nutrição de Ruminantes - Principais Aspectos e Tendências
Nutrição é a área onde se aperfeiçoa a utilização de alimentos aproveitando seus nutrientes disponíveis para a satisfação das necessidades nutricionais dos animais. Dentro desse ramo é possível melhorar os resultados e obter melhores produtividades dos animais ruminantes levando-se em conta vários aspectos relacionados com a composição dos alimentos.
O alimento é uma mistura complexa de nutrientes. Os constituintes do alimento podem ser expressos na base seca (matéria seca) ou na base úmida (considerando também a umidade, ou seja, o teor de água presente).
O ótimo desempenho animal depende do potencial genético, sanidade e oferta de nutrientes satisfatórias. A oferta de nutrientes, por sua vez, depende entre outros fatores, do consumo voluntário e da síntese microbiana ruminal. Muitas metodologias foram desenvolvidas na tentativa de estimar o consumo com eficácia.
O objetivo desse trabalho é descrever o processo digestivo dos ruminantes e as diferentes metodologias de estimativa utilizadas como parâmetros para aumento de produtividade e as novas tendências da área.
2. DIGESTÃO E METABOLISMO DE PROTEÍNA
O desempenho e a produção de leite e de carne de bubalinos dependem basicamente do metabolismo de protéico (nitrogênio) complementado pela participação dos elementos minerais e vitaminas. No rúmen o metabolismo de proteína apresenta dois eventos distintos: a degradação de proteína como fonte de nitrogênio para os microrganismos e a síntese de proteína microbiana, a partir de peptídeos, aminoácidos ou amônia livres no conteúdo ruminal, utilizada para o seu crescimento e multiplicação.
A Figura 1 representa um esquema simplificado do metabolismo de proteína que ocorre em animais ruminantes.
PBI = Proteína bruta ingerida; PRDR = Proteína rapidamente degradável no rúmen; PLDR = Proteína Lentamente Degradável no rúmen; PNDR = Proteína Não Degradável no Rúmen; PEDR = Proteína Efetivamente Degradável no Rúmen; PMVD = Proteína Microbiana