Nutrientes necessários na gestação

INTRODUÇÃO
O período de crescimento e desenvolvimento intrauterino é o mais vulnerável do ciclo de vida. As necessidades nutricionais para mulheres adultas e gestantes se diferem em decorrência das novas demandas nutricionais do dia a dia. O estado anabólico é dinâmico e constante e promove ajustes contínuos em relação a diversos nutrientes como vitaminas, proteínas e minerais.
Por exemplo, as vitaminas do complexo B têm suas carências aumentadas em 30-40% em relação às necessidades diárias de uma mulher. Este aumento é justificado pela maior ingestão de energia e proteínas, uma vez que estas vitaminas atuam como cofatores no metabolismo dos macronutrientes. Também, as necessidades de folato, ferro, zinco, iodo, selênio, vitamina A e vitamina C aumentam a fim de propiciar o desenvolvimento e uma gestação com sucesso.
O crescimento do feto normal depende de variáveis biológicas, patológicas e socioeconômicas. Dentre as condições biológicas, destacam-se idade e altura maternas, paridade e sexo do recém-nascido e; dentre as patológicas, o estado nutricional materno inadequado, as síndromes hipertensivas da gestação e o diabetes gestacional. Dentre as variáveis sociais destacam-se educação materna, renda familiar e riscos comportamentais como tabagismo que podem estar associados a estresse psicossocial.
Necessidade de energia, macronutrientes e ganho de peso.
Gestantes que apresentam inadequada reserva de nutrientes, aliada a uma ingestão dietética insuficiente, poderão ter um comprometimento do crescimento fetal, e consequentemente, a ocorrência do BPN (baixo peso ao nascer).
O metabolismo dos carboidratos é um importante determinante do crescimento fetal. Particularmente, o peso pré-gravídico, o ganho de peso durante a gestação e os níveis maternos de glicose em resposta aos testes de tolerância oral a glicose (TTG) mostram correlações positivas com o peso ao nascer.
Os lipídios da dieta materna também estão envolvidos com o crescimento intrauterino do