Novos Tempos Novos Desafios
O artigo pode ser encontrado no site da UOL, na página http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/Edicoes/42/artigo266438-1.asp, retirado da Biblioteca Histórica FESPSP, escrito por Sérgio Sanandaj Mattos, sociólogo, professor e ex-diretor da Asesp (Associação dos Sociólogos do Estado de São Paulo), além de coescrever o livro “Sociólogos & Sociologia - Histórias das suas entidades no Brasil e no mundo”.
O texto se refere à inclusão social, à mobilidade social e classe social, que, por serem tópicos que envolvem um valor conceitual considerável, são alguns dos temas mais abordados atualmente no Brasil.
Recentemente, a redistribuição de renda tem tido como objetivo reduzir a desigualdade social. A inclusão social era antes considerada um grande sonho. Na primeira década do século XXI, porém, passou a ser mais discutida dentro da sociedade.
Durante a última década do século XX, privatizações e o uso egocêntrico do capital, as condições desumanas de trabalho e a proibição de protestos, eram problemas prevalentes.
A década seguinte, entretanto, revelou outro cenário, levando a mudanças consideráveis. Os brasileiros economicamente excluídos começaram a ser levados mais em conta. De acordo com grande número de críticos, o Brasil tem crescido econômico e socialmente, resultado da intervenção da política na parcela mais desfavorecida do país. Nesta época, o sistema de cotas, o descobrimento do pré-sal e até mesmo a aquisição de itens de alta tecnologia pela classe C, induziram a um maior otimismo por parte dos brasileiros.
De acordo com o sociólogo, a inclusão social parece estar mais associada ao consumismo do que aos direitos do cidadão. Ou seja, as classes mais baixas têm-se inclinado ao consumo, mas isto não quer dizer que houve diminuição na desigualdade social.
Apesar das críticas contra programas sociais, não há como negar que tais esforços têm auxiliado na transição dos indivíduos entre classes sociais, o que tem