Novelli
Para que o Plano de Metas pudesse sem implantado, algumas mudanças deveria ser feitas para que toda a burocracia existente na legislação pública pudesse ser enfrentada. Sendo assim, Kubistchek tinha, ao alcance de suas mãos duas opções: realizar uma reforma administrativa global, o que acarretaria em muitos conflitos ou a criação de uma base administrativa paralela. Mesmo sem estar totalmente norteado, Juscelino criou um conselho para o desenvolvimento. Órgão este que estava diretamente ligado e subordinado à Presidência do país. Tal órgão seria o primeiro passo para implantar seu Plano, sem ir diretamente de encontro aos interesses conservadores do Legislativo. Tendo em vista a ineficiência dos processos burocráticos, a implantação do Plano enfrentava barreiras. Através do Conselho de Desenvolvimento houve uma expansão da estrutura de uma forma estrategicamente posicionada em uma cadeia “hierárquica”, onde esse órgão ficava abaixo da Presidência apenas e ainda controlava os principais recursos relacionados aos objetivos do Plano de Metas. Além disto, a criação do conselho foi uma escolha baseada em experiências anteriores de Juscelino e seus auxiliassem, visando também diminuir as pressões das bases políticas, por isso escolher a administração paralela e não uma reforma administrativa global. A criação do DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público) se deu com o mesmo objetivo de auxiliar a implantação do Plano de Metas. Tal órgão era responsável pela instauração de uma política financeira organizada e alinhada com os objetivos do plano, criando fundos para as áreas específicas.
Além deste, temos como exemplo da criação de órgãos para a aceleração da implantação do Plano de Metas o BNDE (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico) que foi criado exclusivamente para patrocinar os investimentos em energia elétrica, transporte de indústria de base. A criação destes fundos foi de total importância para a