A exploração predatória de mariscos
Exploração predatória de mariscos
Identificação do problema ambiental:
DEAN, Warren. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. São Paulo. Companhia das Letras, 1996. (Página 42)
“Uma economia maravilhosamente conveniente - quase nenhuma energia ou técnica eram necessárias para colher proteínas das árvores! Acampavam em lugares protegidos, coletavam os moluscos abundantes e atiravam as conchas por cima dos ombros. [...] Os níveis superiores de alguns dos sambaquis contêm espécimes imaturos, uma variedade maior de espécies de mariscos que a das camadas inferiores, além de ossos de peixe, cracas e ouriços do mar. Sambaquis recentes são menores que os mais antigos. Tais observações sugerem que seu abandono final ocorreu quando escassearam os moluscos mais fáceis de colher ou de melhor sabor.”
Comentário:
A extração indiscriminada de recursos, no caso os mariscos, pode levar a uma reação ecológica de escassez e gradativamente até mesmo uma extinção do recurso ou espécie na localidade retratada. Na situação em ênfase no livro, o manejo é, em hipótese, feito de forma pouco agressiva até determinado momento em que a extração branda, deixa de suprir efetivamente as demandas energéticas dos contingentes.
A princípio os efeitos podem ser sutis e pouco perceptíveis, além de lentos em sua evolução progressiva. Em relação aos números da pesca e extração dos mariscos, em qualquer ambiente a diminuição pode ser resultado de fatores climáticos, ambientais, ecológicos naturais de previsão difícil ou antrópicos, o que dificulta ainda mais um reconhecimento inicial do real impacto da extração demasiada.
No entanto, essa alteração nas populações de mariscos pode afetar em termos ecológicos, espécies que os tem como fonte de alimento até mesmo a qualidade da água e a manutenção de espécies que coexistem consigo no mesmo ambiente.
Os impactos causados pelo manejo inadequado desses