Novas alternativas para o tratamento da água
Francisco Leonardo R. Souza[1]
Julio Cesar Ballastrelli[2]
Wilian Heringer[3]
RESUMO
Com o aumento do crescimento populacional ano após ano, a utilização de recursos naturais como a água e sua consequente degradação também tem sido maior, provocando sérios problemas ambientais e preocupações quanto ao futuro desse precioso recurso. A maioria dos sistemas de tratamento de água e esgoto utilizados atualmente são denominados de “tratamento convencional”, nem sempre considerados como as melhores alternativas para melhorar a qualidade da água em todos os seus aspectos. Assim, novas tendências para o tratamento da água tem surgido nos últimos anos, utilizando processos químicos, físicos, biológicos ou até combinados, propostos de acordo com cada tipo de poluição e composto que se deseja tratar. Este artigo trata, portanto, de uma revisão bibliográfica sobre algumas dessas novas alternativas que tem sido estudadas e avaliadas como eficientes na remoção de compostos responsáveis pela degradação de corpos d’água, sendo aqui apresentados os tratamentos com ozônio, dióxido de cloro, carvão ativado, lagoas de estabilização, biodegradação, leitos cultivados, entre outros.
Palavras chave: Sistemas de tratamento; poluição hídrica; efluentes.
INTRODUÇÃO
A distribuição da água na Terra não é homogênea e sua abundância na biosfera causa uma falsa sensação de recurso inesgotável. De toda a água existente no planeta (1.386 km³), 97,5% é salgada, sendo imprópria para consumo humano; dos 2,5% restantes, 1,72% estão na forma de geleiras e calotas polares e 0,75% em regiões subterrâneas de difícil acesso, e somente os 0,03% estão aptos para o consumo em lagos, rios, nascentes e outros reservatórios de água doce (REBOUÇAS et al., 2006). Nos últimos anos, é cada vez mais frequente e intenso a ocorrência de problemas ambientais, principalmente por causa do grande crescimento populacional humano e ao consequente