INTRODUÇÃO O aumento populacional, a industrialização e o incremento nas atividades foram os principais motivos da multiplicação dos resíduos. O crescimento acelerado da população implica na expansão automática da industrialização para atender às novas demandas, o que significa um aumento considerável no volume de resíduos gerados, tanto do ponto de vista doméstico quanto industrial. O tratamento não adequado desta quantidade de resíduos pode representar um aumento na degradação ambiental em detrimento da qualidade de vida (SENAIRS, 2003). Os resíduos industriais e urbanos vêm se tornando um dos mais sérios problemas que a sociedade moderna enfrenta. Sua deposição de forma inadequada provoca a degradação do meio ambiente e a contaminação dos mananciais de água e do solo (MENEZES et al., 2002). Durante a ECO/92, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, houve destaque sobre a necessidade de mudança dos padrões não sustentáveis de produção e consumo, como gerenciamento dos resíduos sólidos concentrados em quatro áreas: reduzir ao mínimo a geração; aumentar ao máximo a reutilização e a reciclagem; providenciar depósitos e tratamentos ambientalmente corretos e ampliar os serviços que se ocupam dos resíduos. No Brasil, o gerenciamento dos resíduos sólidos industriais ainda é inexpressivo. Segundo dados da Associação Brasileira de Tratamento de Resíduos - ABETRE, mais de 70% do lixo industrial acabam em lugares inapropriados, ou seja, “a maioria dos descartes industriais é feita de forma inadequada, misturada em lixões domésticos, sejam eles municipais ou clandestinos” (FURTADO, 2005). Uma das formas de solucionar este problema é através da reciclagem, que proporciona a utilização do resíduo como matéria prima para fabricação de outros bens de consumo. A reciclagem de resíduos industriais ainda possui índices insignificantes frente ao montante de resíduos produzidos (MENEZES et al., 2002). A prática da reciclagem através da utilização de resíduos industriais como