noticia sobre induçao
Até sexta-feira, empresa contratada havia feito cinco voos que resultaram em duas precipitações sem impacto significativo no volume de água do manancial
SÃO PAULO - A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai gastar R$ 4,47 milhões para bombardear nuvens e induzir chuvas no Sistema Cantareira, cujo volume de água continua caindo e está com apenas 19,4% da capacidade nesta terça-feira, 11, o menor nível da história.
A contratação da empresa Modclima Pesquisa e Desenvolvimento Ltda. foi revelada peloEstado na última sexta-feira, mas o extrato do contrato só foi publicado no Diário Oficialdesta terça, um dia após a reportagem questionar o valor e prazo do serviço, que inclui monitoramento climático e registro e medição das chuvas induzidas.
O negócio com a ModClima foi fechado em janeiro com prazo até dezembro de 2015, o que indica uma preocupação da Sabesp com a duração da estiagem no Cantareira. O contrato anterior, de julho de 2009, tinha prazo de um ano e valor de R$ 1,2 milhão.
Ambos foram fechados sem licitação porque a empresa é a única do País que faz o bombardeamento sem uso de produtos químicos. A tecnologia permite a aceleração da precipitação de chuvas em um processo conhecido como semeadura de nuvens, no qual um avião solta gotículas de água na base das nuvens.
A Sabesp informou que até sexta-feira passada, a ModClima havia feito cinco voos na bacia hidrográfica das represas do Sistema Cantareira na região de Bragança Paulista que resultaram em duas precipitações, mas sem quantidade suficiente para contribuir com a elevação do nível de água do manancial.
Segundo a companhia, nos anos de 2003 e 2004, quando também ocorreu problema de estiagem, a Sabesp utilizou essa tecnologia com bons resultados. O Estado questionou ontem dados atualizados do serviço, mas tanto a ModClima quanto a Sabesp não quiseram se manifestar.
De acordo com a medição da própria