Normas Linguisticas
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA:
IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA
PEAGÓGICA
Disciplina: Leitura e Escrita de Textos
Acadêmicos
ABORDANDO A QUESTÃO
•A prática pedagógica do ensino de língua tem sido tema de constante debate entre os estudiosos da linguagem, dentre eles, filólogos, gramáticos e linguistas.
• A prática recorrente para o trabalho com a língua tem sido direcionada por uma proposta tradicional que considera conceitos como “certo” e “errado”.
• Podemos dizer que, muito frequentemente, o ensino de língua tem se resumido a aplicação “correta” de regras gramaticais que delimitam a possibilidade de escrita a apenas uma normatização da língua, sem, ao menos, que haja uma reflexão de que a língua seja um sistema heterogêneo, composto por diversas modalidades de escrita e de fala, que podem sofrer variação por diversos fatores. • Nesse sentido, o conteúdo de língua se resume ao ensino de uma norma culta, considerando-se um modo
“correto” para se escrever. Tal proposta pedagógica se torna totalmente dissociada das práticas discursivas e sociais.
• A maioria das gramáticas normativas, ferramentas utilizadas para o ensino de língua, delimita o ensino por meio de regras prescritivas e totalmente descontextualizadas, como se para aprender a escrever fosse necessário, apenas, conhecer tais regras.
• Justamente por não considerar o contexto de uso da língua, as gramáticas normativas propõem regras e valores que, em muitos casos, não são observados nas práticas cotidianas de uso da língua. • Um exemplo disso é o “a gente vamos” ao invés de “nós vamos”.
Esse tipo de questão seria apenas entendido pelos estudos normativos através da distinção entre o que é certo e o que é errado. • Porém, em meados da segunda metade do século XX, noções como contexto de uso, interação social, competência comunicativa etc. passaram a ser o foco dos estudos da linguagem. Esse novo olhar para a