NORMAS LINGUÍSTICAS
NORMAS LINGUÍSTICAS: UM PERCURSO HISTÓRICO
Marilda Alves Adão Carvalho
UEG – Unidade de Quirinópolis
Nesta comunicação, inscrita nos domínios da Sociolinguística Variacionista e da Linguística
Histórica, buscar-se-á, conforme a visão de estudiosos dessas áreas, distinguir e discutir os conceitos de norma culta, norma padrão e norma gramatical, enveredando-se, portanto, na sócio-história do português brasileiro, a fim de apresentar a gênese dessas normas; suas caracterizações; a ideologia nelas impregnada, e o tratamento nem sempre adequado e profícuo a elas dispensado no ensino da língua portuguesa, em que, não raro, o modelo de língua é a do colonizador, ou seja, o português europeu. Esse quadro de discussão, se por um lado prestar-se-á como contributo para desconstruir do imaginário das pessoas a existência de uma única norma, o que as levam a desconsiderar a relação línguasociedadecultura, bem como os distintos papeis sociais desempenhados pelos indivíduos e, consequentemente, o caráter multiforme da língua, por outro lado prestar-se-á para o reconhecimento e compreensão de como se deu a variedade popular do PB. Em meio a essas focalizações, abrirse-á espaço para uma reflexão e questionamento sobre o que se entende de fato por “falante culto”, e sobre até que ponto a língua se configura como instrumento de inclusão ou de exclusão social, tendo o homem o direito ou não de usá-la com os traços linguísticos que lhe identificam para “ser e estar” no mundo com o outro, de modo a efetivar a natureza sociointerativa da língua. Nesse sentido, após todas essas considerações, objetiva-se chamar o professor de língua portuguesa à responsabilidade de adotar uma prática pedagógica que desconstrua preconceitos linguísticos e, ao mesmo tempo, contribua, de forma significativa, para a expansão da habilidade linguística do aluno e para a consolidação de um português genuinamente brasileiro, com o qual todos possam construir