Noblat

NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer um jornal diário. São Paulo: Contexto, 2012.
P11
Capítulo 1- Assim é, se lhe parece.
Os donos porque administram mal as empresas; os jornalistas porque insistem com um modelo de jornal que desagrada às pessoas. (p.13-14)
Os jovens, principalmente eles, fogem da leitura dos jornais e preferem informar-se por outros meios. Ou simplesmente não se informam. Uma fatia crescente deles adere à internet. (p.14)
A internet também começa a tomar anúncios antes destinados aos jornais. Até 2010, os jornais deverão perder para a Web de 10 a 30% de sua receita com publicidade, [...] (p.14)
Os leitores acham que o cardápio de assuntos dos jornais está mais de acordo com o gosto dos jornalistas do que com o gosto deles, é que a visão que os jornalistas têm da vida é muito distante da visão que eles têm. Nada disso, porém, parece abalar jornalistas e donos de jornal. (p.15)
No caso brasileiro, acrescente-se ao rol das queixas a cobrança por jornais mais baratos. (p.15)
O modelo está em xeque porque o medo de mudar é maior do que o medo de conservar algo que se desmancha no ar. (p.16)
É o conteúdo que vende jornal. Somente uma mudança radical de conteúdo, aqui e em qualquer outro lugar, será capaz de prolongar a lenta agonia dos jornais. (p.17) Capítulo 2- Sem olhar para a TV
Um jornal é ou deveria ser um espelho da consciência crítica de uma comunidade em determinado espaço de tempo. Um espelho que reflita com nitidez a dimensão aproximada ou real dessa consciência. (p.21)
Antes de ser um negócio, jornal deve ser visto como um serviço público. (p.22)
[...] afirmo que o dever número um dos jornalistas é com a verdade [...] (p.22)
O dever número dois é com o jornalismo independente. (p.22)
O número três é com os cidadãos. (p.22)
O quarto dever do jornalista é com sua própria consciência. (p.22)
Tim Lopes se expôs ao risco de morrer porque quis, porque foi autorizado por seus chefes a fazê-lo e também porque grassa