Neuro-resumo

Fluxo Sanguíneo Cerebral, Líquido Cefalorraquidiano e Metabolismo
Cerebral
Para realizar todas as funções nervosas é necessário energia, conseguida através do processo de respiração celular (via de EMBDEN-MEYERHOF – glicólise e Ciclo de Krebs – ácido tricarboxílico).
Essa reação necessita de glicose e O2, que chegam ao SN através de um rico sistema de vasos (POLÍGONO DE WILLIS). A energia chega principalmente pelas carótidas internas e pela artérias vertebrais.
Conforme as arteríolas se ramificam em capilares, vão penetrando no tecido nervoso, empurrando junto a pia-máter. São denominadas artérias piais antes de penetrarem no SNC, as que penetram são as arteríolas penetrantes e posteriormente os capilares. Entre o endotélio capilar e a pia-máter existe um espaço perivascular chamado de Vrichow-Robin, onde há LCR, e se assemelha ao sistema linfático.
Os capilares cerebrais são pouco permeáveis em virtude do conjunto de pés vasculares dos astrócitos, os quais também impedem uma vasodilatação acentuada em casos de hipertensão.
Pericitos + astrócitos + capilares = barreira hematoencefálica
Fluxo sanguíneo cerebral
Fluxo em repouso = 60 ml/min/100g.
1500 g (massa do encéfalo) X 60 ml = 900 ml/min (fluxo em todo o encéfalo) = 15% (Débito Cardíaco).
Se o fluxo é interrompido, em cerca de 5 a 10 segundos a função cerebral pára/ “desliga”, isso em função da falta de O2. Sem glicose (por exemplo, injeção exagerada de insulina, exercício físico extenuante), o cérebro dura cerca de 2 minutos.
O fluxo sanguíneo cerebral pode mudar em segundos em resposta a variações locais de atividade neuronal. Ele ainda é diferente nas várias áreas do cérebro, ou seja, depende da atividade nervosa. Portanto, o fluxo de sangue nunca é contínuo no SNC, sempre vai depender da demanda.
Controle do fluxo sanguíneo cerebral:
1. Concentração de CO2 e H+: alta [ ] de H+ reduz intensamente a função nervosa, por isso a importância de seu controle.
H2O + CO2 H2CO3 H+