Neste dia em que os campos são de apolo de ricardo reis ricardo reis
Ricardo Reis – poeta da razão
- nasceu no porto a 1887
- foi educado num colégio de jesuítas
- formou-se em medicina
- viveu no Brasil, expatriou-se voluntariamente por ser monárquico
- “É latinista por educação alheia e semi-helenista por educação própria”
Fisicamente:
- ”Um pouco mais baixo, mais forte, mais seco” do que Caeiro;
- ”de um vago moreno”; cara rapada;
A filosofia de Ricardo Reis é a de um epicurismo triste, pois defende o prazer do momento, o “carpe diem”, como caminho da felicidade, mas sem ceder aos impulsos dos instintos. Apesar deste prazer que procura e da felicidade que deseja alcançar, considera que nunca se consegue a verdadeira calma e tranquilidade – ataraxia.
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Análise do poema
O poema é constituído por 4 quadras onde os 3 primeiros versos são decassilábicos e o 4 verso é Hexassílabo (6 sílabas métricas). Este poema não possui esquema rimático.
O sujeito poético recorre ao uso de metáforas (verso 2, “Verde colónia dominada a ouro”), comparações (verso 6, “Que a nossa sensação como uma ninfa”), antíteses (verso 5, Não turbulenta, mas com os seus ritmos) e de eufemismo (verso 10, “Império conquistado pelas sombras”).
Na primeira estrofe o sujeito poético localiza-nos no tempo, “Neste dia em que os campos são de Apolo” (Apolo é uma das divindades principais da mitologia greco-romana, um dos deuses olímpicos).
Na terceira estrofe penso que o sujeito poético nos fala de uma guerra pois é o que dá a entender os versos 10 e 11 “Império conquistado pelas sombras/ Como uma legião que segue marcha”.
Durante o poema denota-se a sua filosofia o “carpe diem” vivendo dia a dia onde se pode ver no verso 12 e 16 (“Abdiquemos do dia” e “Do dia