negociações com a inglaterra

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“A invasão, e ocupação do Pirára por ordem positiva do Governo Britânico, e facto de seu agente é sem dúvida o primeiro passo de uma marcha que se pretende seguir até as margens do Amazonas. Em pouco tempo suscitarão os
Ingleses algum acontecimento desagradável em que possão achar pretexto para acometter o Forte S. Joaquim: e com quanto esteja eu convencido das fortíssimas razões, e mui justos motivos pelos quaes V. Exa. Me tem recommendado, e ordenado que se evite qualquer rompimento com os nossos ambiciosos vizinhos, penso todavia que um tal acto deveria fazer-nos esquecer todas as outras considerações para salvar a honra nacional. No meu entender cumpre que nos preparemos para isso. O Forte S. Joaquim, e o Forte da Barra no Rio Negro devem ser postos em melhor estado de deffesa: uma força maior deve aproximar-se da fronteira, collocando-se ou neste último Forte, ou na confluência do Rio
Branco, e Rio Negro: (...)”10 Os debates de 1840 não estiveram centrados em temas ligados ao âmbito internacional da navegação do rio Amazonas, como ocorrera em 1826. Desta vez, deputados e senadores preferiram debater sobre a forma pela qual os empresários pretendiam levar a efeito esta atividade, e sobre os privilégios que haviam sido requisitados do governo imperial para viabilizá-la. Isso não impediu, contudo, que o princípio dominante em 1826 voltasse a se impor quatorze anos depois, em parte graças ao fato de que João Diogo Sturz, embora possuísse a cidadania brasileira, era prussiano de nascimento. Abria-se, portanto, uma brecha que permitia levantar suspeitas sobre a origem do capital que seria investido na pretendida companhia, e sobre os objetivos desta com relação à bacia amazônica. Coube a Venâncio Henriques de Rezende, deputado por Pernambuco, externar esta idéia. Para ele, deveria ser evitado a todo o custo o risco de a companhia pretendida, após receber enormes concessões do governo central, e após estabelecer

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