negociação
BRF e Cade selam acordo e fusão entre Sadia e Perdigão é aprovada
Acordo prevê a suspensão da venda de alguns produtos da marca Perdigão.
Fusão, feita em 2009, foi aprovada pelo Cade em sessão nesta quarta-feira.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (13), por quatro votos a um, a fusão entre Sadia e Perdigão, que deu origem à Brasil Foods (BRF), maior produtora de alimentos processados do país. A sessão de julgamento da fusão, prevista para ter início às 10h, começou com uma hora de atraso para que fosse finalizado o acordo entre BRF e Cade que possibilitou a aprovação do negócio.
O relatório do conselheiro do Cade Carlos Ragazzo, apresentado no início de junho, havia defendido o veto à fusão entre Sadia e Perdigão alegando que a concentração de mercado da BRF geraria aumento de preços de alimentos e de inflação. Desde então, BRF e Cade fizeram 12 reuniões até chegarem ao acordo.
HISTÓRICO DA OPERAÇÃO
Em maio de 2009, Sadia e Perdigão anunciam a fusão das empresas, criando uma gigante dos alimentos
Em 8 de junho de 2011, relator do Cade vota contra a fusão das empresas
Conselheiro pede vistas, e análise é adiada pela primeira vez
Em 15 de junho, conselheiro pede novo adiamento do julgamento
Em 12 de julho, véspera da retomada do julgamento, BRF e Cade buscam acordo para permitir operação
Acordo
O acordo aprovado pelo Cade prevê a suspensão da venda de produtos da marca Perdigão, entre eles presunto, pernil, tender, linguiça e paio (3 anos), salame (4 anos) , lasanhas, pizzas e congelados (5 anos).
Além disso, a Batavo terá que suspender a venda, por quatro anos, de produtos derivados de carnes processadas, entre eles hambúrgueres e salsicha. A BRF também fica obrigada a alienar cadeias completas de produção, incluindo dois abatedouros de frangos e outros dois de suínos.
O acordo prevê ainda a proibição de que a BRF lance novas marcas