Negação de uma possível Filosofia Cristã
Crislane B. Santana
Prposito reflexivo de analisar a possível negação da existência de uma filosofia cristã.
Apresenta-se aqui uma reflexão não afirmativa com uma conclusão lógica. Porém, buscando estudar questões pertinentes do pensamento filosófico que pode aproximar e não definir um conceito de filosofia cristã, pois assim estaria comprometendo o próprio conceito filosófico, já que, a teologia tem Deus como seu próprio objeto de estudo. Em quanto que, a filosofia está sempre direcionada a reflexão cognitiva, tendo como objeto o próprio pensamento.
Existente na Idade Média a negação da existência de uma filosofia medieval derivando uma filosofia cristã, problematizado do forma crítica essa possível noção, surge um problema, será possível a existência de uma filosofia cristã? Gilson apresenta: “A difícil tarefa de definir o espírito da filosofia medieval, aceitei-a, por causa da opinião bastante difundida de que, embora a Idade Média tenha uma literatura e uma arte, não tem uma filosofia que lhe seja própria” 1.
Assim, esta filosofia não apresentando seu próprio objeto de estudo fica vulnerável ou abre margem ao seu próprio conceito. Apesar de se reconhecer sua importância sobre tudo para as reflexões posteriores. Pois, a reflexão filosófica cristã ao entrar no campo da revelação ela sai do campo da razão e limita ao campo da fé. Sendo assim, para se filosofar sem contradição é ter a revelação como guia ou motivação reflexiva, tornando-a inteligível pela razão. Assim, é o que parece fazer o pensamento cristão, ficando claro que não pode tratar de uma filosofia pura.
“De que maneira os que têm essa revelação poderiam filosofar como se não a tivessem? Os erros de Platão e Aristóteles são precisamente os erros da razão pura; toda filosofia que pretender se bastar a si mesma incorrerá neles ou em outros que serão piores, de sorte que o único método seguro consiste hoje, para