filosofia Cristã
Durante muito tempo a filosofia apresentou uma ruptura no seu contexto histórico, muitos historiadores consideravam a idade media como um período onde não havia florescimento do pensamento filosófico autentico.
Os pensadores cristãos eram considerados como defensores da fé e portanto estariam mais preocupados com a teologia do que com a filosofia, sendo acusados de apenas tentar cristianizar o pensamento clássico da filosofia antiga.
Confessa Gilson, que não somente descobriu que há uma genuína filosofia na Idade Média, mas que nela se encontra o ápice do que se poderia chamar de uma filosofia cristã: “Foi procurando defini-la em sua essência específica que me vi levado a apresentá-la como a ‘filosofia cristã’ por excelência”(GILSON, 2006, p.1).
Agora bem, ao colocar a filosofia medieval como o cume da filosofia cristã, nasce, então, mais um problema: existe uma filosofia cristã? Portanto, no bojo da negação de que houve na Idade Média uma filosofia, há outra questão, ainda mais sutil e complexa, mas da qual não podemos nos furtar: há uma filosofia cristã?
O intuito da filosofia na Idade Média era o de unir ciência e fé, a partir da revelação buscando explicações racionais e naturais para os grandes questionamentos universais. Com isso vários pensadores consideravam a filosófica cristã uma releitura do pensamento grego, e questionavam a real existência de um pensamento filosófico cristão autentico.
Sem duvida alguma, ninguém há que negue que o judaísmo, o islamismo e o cristianismo foram o berço de grandes nomes do pensamento ocidental. É um ponto fundamental que tanto na escola judaica quanto na mulçumana, e, evidentemente, também na cristã, existiram homens que tentaram, de forma mais ou menos feliz, fazer uma síntese entre filosofia e religião.
Estes homens especialmente no período determinado de patrística puderam contribuir largamente com a filosofia ao passo que seu pensamento ainda hoje é utilizado para responder as questões