ANÁLISE DO SISTEMA DE GESTÃO EM UMA EMPRESA FAMILIAR ESTUDO DE CASO NUMA EMPRESA DE BICICLETAS, MOTOS, PEÇAS E ACESSÓRIOS
Segundo Martins (1999), a empresa familiar tradicional é definida como aquela em que um ou mais membros de uma família exercem considerável controle administrativo, pelo fato de possuírem parcela expressiva da propriedade do capital.
De acordo dados apresentados pela revista HSM Management (2003), atualmente “os negócios familiares representam 80% do universo empresarial e suas operações respondem por quase a metade do PIB mundial”.
O Brasil tem entre 6 a 8 milhões de empresas, sendo que 90% delas são empresas familiares (SEBRAE, 2005). Seja grande, média ou pequena, as empresas familiares têm um papel significativo no desenvolvimento econômico, social e até político do país.
São inegáveis os desafios que este tipo de empresa encontra. Desafios que dizem respeito a sua própria instituição que tem implicações para sua própria sobrevivência, envolvendo fatores como sucessão, abertura de capital e gestão profissional. Há uma passagem que explica bem a magnitude dos problemas internos de uma empresa familiar:
Os executivos de maior sucesso são, com frequência, homens que construíram suas próprias empresas. Ironicamente, seu sucesso muitas vezes traz, para eles mesmos e para os membros de suas famílias, problemas pessoais de uma intensidade raramente enfrentada pelos gerentes profissionais. E esses problemas tornam as empresas familiares provavelmente as mais difíceis de operar (GORDON e NICHOLSON, 2008 apud LEVINSON).
As principais características internas que comprometem o desenvolvimento das empresas familiares no Brasil foram representadas na figura 01 a seguir:
Figura 01- Características internas que comprometem o desenvolvimento de empresas familiares no Brasil
Para Landgraf (2009), as empresas familiares têm o hábito de tratar o recrutamento como um cabide de empregos para parentes e amigos. Ainda segundo Landgraf (2009) esta conduta seria correta se essas pessoas