natureza e identidade da pedagogia
Libâneo (2001) faz uma crítica em seu texto “Natureza e identidade da pedagogia” abordando a forma como à maioria dos Pedagogos e o senso comum conceituam e generalizam o curso de “Pedagogia” e o profissional da educação “Pedagogo” afirmando que é ensino, ou melhor, o modo de ensinar. Para o autor é um equívoco, já que o profissional que estuda pedagogia lida não apenas com crianças, mas com adultos, idosos, é um educador e atua na área, porém não apenas dentro da sala de aula, na supervisão, gestão, inspeção no ambiente escolar, em diferentes modalidades de ensino, mas nos ambientes nos quais consiga exercer sua função de Pedagogo, em escolas (publicas ou privadas), instituições, empresas, lidando com uma diversidade de pessoas.
Para Libâneo (2001) “há uma tradição na história da formação de professores no Brasil, segundo a qual pedagogo é alguém que ensina algo”. Ainda diz que essa ideia sofreu influência no início da década de 30, com “pioneiros da educação nova”, que tinham um entendimento de que Pedagogia seria um curso de formação de professores para as séries iniciais. E de que para ser pedagogo, ensinar crianças é preciso fazer o curso de Pedagogia.
O autor Libâneo afirma que:
A pedagogia se ocupa, de fato, com a formação escolar de crianças, com processos educativos, métodos, maneiras de ensinar, mas antes disso, ela tem um significado bem mais amplo, bem mais globalizante. Ela é um campo de conhecimentos sobre a problemática educativa na sua totalidade e historicidade e, ao mesmo tempo, uma diretriz orientadora da ação educativa.
Então a função de um pedagogo é ampla, já que media o conhecimento, orienta, organiza, administra, uma vez que em suas mãos concentram-se o futuro de muitos médicos, dentistas, farmacêuticos e engenheiros, etc.
Já o ditata alemão Schimied-Kowarzik (1983):
Chama a pedagogia de ciência da e para a educação, portanto é a teoria e a prática