Narradores de Javé

Narradores de Javé

O filme perpassa a história da vila de Javé, que estava ameaçada em ser destruída para a construção de uma barragem para a maior geração de energia no estado da Bahia. Para que esse fato não ocorresse os moradores de Javé tinham que encontrar nela algo de importante, que fosse histórico. É daí nasce à ideia de construírem a história da cidade, onde colocariam todos os fatos vividos por seus moradores. Porém, nenhum cidadão da vila sabia escrever, apenas um, Antonio Biá, que havia sido expulso da vila há algum tempo por escrever cartas mentirosas sobre a vida dos moradores da vila só para garantir seu emprego nos correios, que estava prestes a fechar já que naquele vilarejo o povo sem saber ler e escrever não enviava, nem tão pouco recebia cartas. A farsa logo foi descoberta e Antonio foi expulso do vilarejo. Porém, nas circunstâncias dos fatos, os moradores se sentiram obrigados a irem atrás de Antonio para que ele escrevesse a história de Javé.
Antonio começa a odisseia do vale do Javé entrevistado os moradores para que pudessem relatar os fatos a serem colocados no “livro sagrado”, que seria o livro da história de Javé. O primeiro a ser entrevistado é seu Vicentino, que narra à história do fundador de Javé, Indalecio. Que teria fundado Javé quando fugiu de Portugal com seu povo, Indalecio e seu povo trouxeram apenas o sino, que era o único objeto de importância. Na entrevista da segunda pessoa, Teodora, apresenta outra fonte histórica do vilarejo, Maria Dina, que seria uma guerrilheira que teria vindo junto com o bando, porém, várias controvérsias se da sobre quem foi Maria Dina, e nada é esclarecido.
Biá então vai a duas fontes importantíssimas, que seriam os gêmeos da vila, que eram moradores mais velhos, que guardavam fotos, e arquivos importantes que comprovariam o dito. E narram à história de seu pai, que também era gêmeo, que foram os que expandiram as terras de Javé. Depois de tantas e tantas narrativas os moradores esperavam a