Narradores de Jave
O filme brasileiro “Os Narradores de Javè” lançado no ano de dois mil e três, dirigido por Eliana Caffé, com duração de cem minutos e tendo seu roteiro redigido por Eliana Caffé e por Luis Alberto de Abreu descreve de forma bem humorada, apesar de ser um drama, a tentativa dos moradores da cidade de Javé, localizada no interior do nordeste de impedir a destruição da sua cidade que esta ameaçada pela inundação, pois se localiza na área que será parte do lago da represa a ser construída pelo Governo. A solução encontrada e a única esperança é a de conseguir para o local o titulo de patrimônio histórico e o meio escolhido para isso é escrever um livro cientifico contando a historia da fundação da cidade. A trama se desenvolve nas tentativas do eleito “escritor” e “historiador” Antônio Bia (José Dumont) e narrada no tempo “presente” por Zaqueu (Nelson Xavier) de transportar o registro oral dos habitantes para a escrita criando assim o cientifico “Livro Javérico”. Durante o decorrer do filme se destaca, do ponto de vista da ciência histórica a dificuldade do protagonista em reconhecer dentro de tantos relatos dos moradores a real sequência de fatos e os reais protagonistas que desencadearam os eventos que levaram a fundação de Javé, pois os personagens relatam historias que devido a sua origem, (causos contados de geração a geração) e a vontade, hora implícita e hora completamente explicita, de serem de alguma forma ligados aos protagonistas do êxodo (fuga não! Retirada) dificultam o nosso carteiro-escritor Bia de transpor para o registro escrito de uma forma coerente os fatos que de um modo ou de outro levaram os retirantes a se fixarem e constituírem ali sua cidade. Uma característica que salta aos olhos pela beleza e pela simplicidade mas que também será um fator de importância é o costume de se lotear a terra usando ao meio oral (cantadas). Esse jeito original