naraçao
Originalmente, os RPGs foram concebidos para ser apenas um passatempo de adolescentes. Mas, no início da década passada, eles começaram a atrair a atenção de educadores. Hoje há núcleos em universidades dedicados a estudar seu potencial no ensino de diversas disciplinas. "O RPG desenvolve nos alunos características como criatividade, socialização, capacidade de argumentação e liderança, já que é preciso tomar decisões para definir o rumo da história. Sem contar que a atividade torna a aula mais agradável", afirma Luiz Ricon, pesquisador da Pontifícia Univesidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e autor de livros sobre o tema (leia no quadro abaixo dicas dos especialistas para planejar um jogo).
A sigla vem do nome em inglês role playing game - em português, "jogos de interpretação de papéis". Surgidos nos anos 1970, os RPGs funcionam como uma espécie de dramatização: os jogadores são transferidos para um lugar e uma época imaginários e encarnam personagens ficcionais, seguindo um enredo predefinido e contado por um narrador. Enquanto os acontecimentos são descritos, todos precisam imaginar o que está ocorrendo e são instigados a resolver os enigmas. Das respostas e decisões depende o desfecho da história.