Antropologia da religião

Antropologia da Religião

Os Antropólogos costumam afirmar que a experiência religiosa tem sua autonomia e não está necessariamente condicionada pela estrutura de uma cultura.
Todavia eles próprios reconhecem que quando a experiência religiosa se transforma em religão institucional ela só pode ser entendida no contexto de uma cultura. Por isso podemos afirmar que a religião é um sistema de representação e um sistema cultural. Sendo uma rede de símbolos, com fronteiras bem demarcada, com texto e normas precisas, a religião se expressa e se apresenta como uma cultura. Ela tem modelos de comportamentos, organização, estrutura, doutrina e oculpa espaços nos mesmo moldes de uma cultura. É claro que como as demais culturas a religião enfrenta uma serie de desafios no atual momento. Enquanto filtro social, construção social, realidade Pré-concebido, a religião enfrenta o desafio da adaptação diante de um numero sem fim de mudanças. Tais mudanças são sintetizadas pelo fenômeno da globalização, o qual provoca a crise das representações e estimula a interculturalidade de fato, a globalização impo~e um ritimo no qual todas as culturas localizadas são aceitas, mas ao mesmo tempo consideradas provisórias. Assim sendo qualquer religião hoje tem legitimidade dentro de um planeta globalizado, mas também e facilmente descartada pela imposição de outras representações religiosas. A cultura da mídia contribui, com toda a sua potência, para que isso aconteça com mais rapidez. Disso resulta a interculturalidade, ou melhor, a internacionalização das culturas, a qual consiste numa passagem do local para o mundial com muita facilidade e rapidez. Além da mídia as grandes migrações, formadas por contigentes de pessoas que vão de um lugar para outra do planeta em busca de condições mais dignas de vida, favorecem ainda mais essa internacionalização das culturas. Por isso é cada vez mais comum o processo de habilitação religiosa, ou seja, a formação de grupos religiosos que misturam