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CESAR BAIMA (EMAIL)
Publicado:27/09/13 - 6h00 Neurônios novos: produzidos a partir de células-tronco, neurônios foram implantados no cérebro de macaco, que não rejeitou os novos tecidos Latinstock
RIO - Desde que começaram a ser objeto de experimentos em laboratório há mais de duas décadas, as células-tronco guardam a promessa de revolucionar a medicina. Com o potencial de se tornarem qualquer tecido do corpo, elas teoricamente poderiam ser usadas para fabricar órgãos para transplante, acabando com a espera por doadores, ou para regenerar tecidos danificados por doenças ou traumas, como paralisias devido a acidentes e a morte de neurônios no mal de Parkinson. Agora experimento realizado no Japão trouxe mais para perto da realidade um destes usos. Em testes com macacos, cientistas da Universidade de Kioto mostraram que é possível implantar neurônios derivados de células-tronco no cérebro dos animais sem que seu sistema imunológico reaja destruindo-os, abrindo caminho para um tratamento efetivo do mal de Parkinson em humanos.
Neurônios com mesmo DNA do paciente
Para minimizar a reação do organismo, os pesquisadores liderados por Jun Takahashi usaram as chamadas células-tronco de pluripotência induzida (iPS, na sigla em inglês). Produzidas a partir de células da pele, sangue ou músculos do próprio paciente, as iPS têm o mesmo DNA que ele, o que diminui as chances de resposta imunológica. Conhecido como reprogramação celular, o método para produção das iPS consiste na introdução de quatro genes em células maduras que as forçam a regredir ao estágio de células-tronco. A descoberta rendeu ao cientista japonês Shinya Yamanaka o Prêmio Nobel de Medicina do ano passado.
Estudos anteriores com roedores, no entanto, indicaram que, mesmo tendo o DNA igual ao dos pacientes, em alguns casos os tecidos fabricados com estas células-tronco de pluripotência induzida poderiam ser rejeitados após