Nanotecnologia
A diferença entre o cimento comum e o novo é que o cimento comum é formado pela junção do clinquer, matéria-prima do cimento, com gesso, enquanto no novo é feita a adição de 0,3% de nanotubo de carbono ao clinquer. Luiz Orlando Ladeira, mestre em ciências de materiais e doutor em física, explica que em 2005 teve a ideia de tentar sintetizar o material no clinquer, já que ele é um silicato de alta estabilidade térmica. “É um lugar propício para crescer nanotubo de carbono e felizmente ele se mostrou com grande potencial de aplicações em propriedades mecânicas. Agora estamos desenvolvendo pesquisas para aprimorar o desempenho desse material junto com o cimento”, revela.
Já o professor José Márcio Calixto, doutor em engenharia civil, explica como o nanotubo vai acrescentar à estrutura do cimento. “O nanotubo é um material que tem excelente resistência à tração, já o cimento não. Então a incorporação dessa substância pode alterar essa característica. Nós vislumbramos que o nanotubo pode fazer o papel do aço e se tornar um reforço de tração em nível nanoscópico”, afirma. Para o professor Calixto, essa nova tecnologia pode ser a nova revolução do concreto, mas só os estudos vão poder confirmar isso. “Usamos o cimento há muitos anos, mas conhecemos muito pouco da sua nanoestrutura. Nós estamos acrescentando o nanotubo em escala nanoscópica molecular. À medida que a gente for