Nama

DATA: 09/10/2012

Principais problemas apontados com o impasse das negociações relacionadas ao NAMA

As negociações relacionadas a NAMA (Non-Agricultural Market Access) no âmbito da Rodada Doha expõe o impasse vigente desde longa data entre países em desenvolvimento, exportadores de produtos agrícolas e países desenvolvidos, exportadores de produtos industrializados e serviços. Com base nas teorias liberais da economia, os participantes do comércio internacional procuram maneiras de abrir mercados para receber seus produtos mas, contrariamente a esse mesmo liberalismo, tentam proteger seus mercados internos, geralmente menos competitivos, contra a entrada de produtos importados que possam tirar do mercado os produtores locais e, supostamente, causar desemprego e redução da renda nacional.

Os países emergentes reafirmaram sua preocupação principal, que é ter mais acesso ao mercado dos países desenvolvidos para seus principais produtos de exportação e manter um espaço para políticas comerciais destinadas ao desenvolvimento industrial, já que esses países se caracterizam em geral como exportadores de commodities agrícolas para os desenvolvidos. O objetivo seria diversificar a pauta de exportações com produtos de maior valor agregado no longo prazo.

A principal dificuldade em firmar acordos na Rodada Doha se explica pela veriedade da economia e da produção entre os participantes. Uns são ricos e desenvolvidos, desejam exportar mais sua produção industrial (para isso querem a liberalização comercial) e, ao mesmo tempo, proteger seu setor agrícola da concorrência dos países menos desenvolvidos, que são mais competitivos em bens agrícolas. Os menos desenvolvidos desejam que as barreiras tarifárias e não tarifárias impostas pelos desenvolvidos sejam eliminadas (liberalização comercial), para que suas commodities entrem com maior facilidade e realizem maiores lucros. Por outro lado, também mantém políticas de defesa da indústria