A DIVERSIDADE CONTEMPORÂNEA OU A INVASÃO POPULAR DE MASSA Os anos 80 e 90 foram marcados pelo advento de novas tecnologias na área fonográfica que levaram a redução do custo benefício no processo de produção. A condição para equipar pequenos estúdios e realizar produções de qualidade, tornou-se de fácil acesso. Em conseqüência multiplicaram-se pequenas gravadoras (Indies), selos e artistas independentes. A indústria fonográfica sofreu uma reestruturação. As grandes gravadoras (majors) passaram a terceirizar serviços, entretanto ainda conseguiam se sobressaírem obtendo o controle da divulgação e distribuição de fonogramas para garantirem de fato o monopólio do mercado. Diante disso, os lançamentos de novos gêneros e novos artistas, em geral passam a ser feitas por pequenas gravadoras e selos independentes, enquanto uma grande gravadora somente demonstrava interesse em contratar um artista quando este fosse capaz de conquistar um determinado público e de que tinha condições de expandi-lo. Ao mesmo tempo, as grandes gravadoras terceirizavam os riscos de investimentos em novidades. Nas duas ultimas décadas, ampliou a inserção do país nos fluxos culturais mundializados, o que se refletiu no surgimento de novos segmentos do mercado fonográfico. É o caso do neo-sertanejo ou sertanejo romântico, que começou a conquistar espaços no grande mercado a partir de meados dos anos 80. Mesclando elementos das baladas da Jovem Guarda e da country music, as novas duplas intérpretes deram a esse repertório um toque de modernidade e juventude. Pode-se dizer que essa produção expressa à modernização do campo brasileiro e a correspondente conversão do caipira em country. No fim dos anos 80 e início dos 90, duplas como Chitãozinho e Chororó, Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano, juntamente com intérpretes Roberta Miranda e Sérgio Reis lideraram a vendagem de discos no país e passaram a ser objetos de disputas pelas firmas estrangeiras como Polygram, Sony Music,