MÓDULO II - HABILIDADES DECISÓRIAS
GERENCIAIS
2.1. Decisão: O ato de decidir
Como construção biológica, a mente humana parece ter sido desenhada para resolver questões simples de sobrevivência. Em princípio, as pessoas possuem estruturas de referência, compreensíveis e manejáveis, para facilitar as decisões de seu cotidiano.
Mesmo as decisões administrativas rotineiras podem se enquadrar nessas formas. Por necessitarem de poucos dados e análises, as opções se fazem de maneira simples e sem grandes controvérsias. Por possuírem baixo significado, recebem a indiferença das pessoas e não precisam de grandes explicações e justificativas.
Decisões administrativas, sobretudo as estratégicas, são mais difíceis, referem-se a problemas complexos, envolvem mais informações e pessoas, e geram mais impacto na comunidade. Por ter maior significado, as decisões estratégicas atraem maior atenção e expectativa das pessoas.
Escolhas estratégicas são mais abrangentes: procuram alterar as relações da organização com a sociedade ou mercado, contradizem o comumente praticado, e por isso impõem dificuldades. Assim, trazem maior consciência sobre riscos e incertezas, dúvidas sobre os resultados, além do sentido de responsabilidade sobre a opção. Muitas vezes essas decisões geram grandes dilemas por implicar também desistência de opções valiosas.
Em todas as decisões administrativas – pequenas ou mais significativas – espera-se que haja razões para a escolha. A razão é parte da causa para a decisão: se há razões para escolher e agir, a decisão se impõe aos gestores. Ademais, as razões servem para fundamentar a responsabilidade de dirigentes perante suas comunidades. Assim, a maioria dos métodos de decisão constitui-se em formas de procurar razões para justificar escolhas, e esses métodos se originam em um misto de três fatores:
Intenções estratégicas: construídas nos sonhos e motivações pessoais para agir, se