Mídias sociais
1- Fenômeno tecnológico, a televisão, que hoje se vê nos mais altos graus prioritários de cada família brasileira, enfrentou problemas durante seu processo de implementação no país. No início de seu desenvolvimento no Brasil, o número de canais era escasso e a produção e distribuição eram concentradas por regiões, o que dificultou a integração da mídia a nível nacional. A integração se via prejudicada também pelo baixo nível tecnológico do país, que não permitia tal unidade. Não havia um sistema de redes e problemas técnicos eram comuns. O mesmo fator econômico que impossibilitava a criação de uma rede nacional dificultava a compra da televisão pela população. Não havia fábricas no Brasil que produzissem a tecnologia em quantidade elevada e o consumidor deveria adquirir o objeto importando, o que representava um alto custo. Existia também uma falta de consciência empreendedora. Sem uma estrutura empresarial, os veículos eram comandados por famílias que não tinham experiência em lidar com uma organização televisiva, e sim com a fabril. Essa falta de tato comercial, que impedia o desenvolvimento da televisão a nível nacional, unida ao reduzido mercado consumidor, fez com que na década de 50 a televisão não fosse consolidada como indústria cultural. Por fim, é importante citar que o processo de implementação da televisão como industria cultural se assemelha aos moldes do processo do rádio e do cinema, que também enfrentaram as mesmas dificuldades. O problema era do país, que ainda não havia criado uma infraestrutura capaz de corresponder ao nível de complexidade de cada meio de comunicação.
2- A falta de maleabilidade dos Estados em lidar e resolver problemas políticos e econômicos impulsionava e popularizava cada vez mais os ideários neoliberalistas. As ditaduras perdiam apoio e as inflações econômicas e o controle dos direitos sociais acabaram por cessar esse tipo de governo.